Teoria | Alegorias de Amsterdã – Studio Ossidiana
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Alegorias de Amsterdã
Vinte e uma ilhas para o futuro da cidade.


Autor Studio Ossidiana (Alessandra Covini, Giovanni Bellotti)
CV O Studio Ossidiana é um escritório com sede em Roterdã dirigido por Alessandra Covini e Giovanni Bellotti que trabalha na interseção da arquitetura com as artes visuais. Para equilibrar as etapas de pesquisa, projeto e fabricação, o escritório explora perspectivas inovadoras e está sempre em busca de novas expressões materiais para traduzir as visões em espaços e objetos tangíveis
Enquanto a cidade de Amsterdã expande-se para o norte, respondendo às crescentes pressões econômicas e sociais, o projeto Alegorias de Amsterdã busca reimaginar a área do Sixhaven como um espaço público experimental capaz de recriar uma identidade urbana para a cidade do futuro. Um porto coberto de água está habitado por vinte e uma ilhas experimentais que refletem poeticamente a identidade da cidade, os seus sonhos e obsessões, os seus desejos e idiossincrasias. As ilhas são definidas menos pelos seus programas do que pela possibilidade que oferecem aos seres humanos de se relacionar com animais, plantas e minerais, e por gerar novas oportunidades de descobrimento, ação e aventura. O projeto é um manifesto que pretende dar forma a um novo tipo de espaço público, onde o prazer se converte, literalmente, em recreação: um espaço de ação, no lugar do consumo passivo, um lugar onde possam emergir novos rituais cívicos junto às novas formar de habitar; um espaço no qual as pessoas não são consideradas usuários, mas sim navegantes, granjeiros, colecionadores, cartógrafos e exploradores.—
Orangerie submersa
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Uma orangerie flutua metade submersa. Os grossos muros perimetrais de concreto proporcionam uma massa térmica que permite mitigar os dias frios, além de proteger as árvores do vento. No seu interior, 36 laranjeiras são mantidas e colhidas por um jardineiro. As copas aparecem exatamente por cima da linha de flutuação: a partir da cobertura de um barco é possível observar o interior, ou colher uma laranja do outro lado do muro.



Relógio de Sol
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Umas escadas dirigidas para o céu apontam para o norte, oferecendo tanto vistas panorâmicas como um relógio de sol. À medida que o sol se move no céu, a sua sombra se alinha com uma série de marcas horárias dispostas ao redor que indicam a passagem do tempo.


Costa
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Uma praia monumental que esconde uma paisagem composta por telhados de areia cria estruturas inclinadas. Um guindaste se move constantemente no local, reconstruindo a costa sem cessar e transformando diariamente a praia para revelar partes ocultas das casas holandesas ali enterradas. Uma lembrança dos povos perdidos de Dijk que costumavam habitar o norte de Amsterdã, agora sob a terra – como o Nieuwendammerdijk –, ou ameaçados pelo adensamento da cidade e o aterro das margens da Baía do IJ.


Três quartos escuros
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Dentre os espíritos perdidos da cidade, a escuridão só pode ser recuperada através da arquitetura. Três salas subterrâneas protegem os habitantes das luzes da cidade e do campo.


O Palácio da Água
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Dedicado aos banhistas da Baía do IJ, O Palácio da Água é uma lembrança flutuante da antiga Casa de Banhos Obelt, uma piscina ao ar livre na margem norte da baía, amada pelos seus frequentadores. Entre as suas arcadas existem espaços d’água para diferentes espécies: humanos, aves pernaltas e peixes.
