Prática | moarqs – Casa Tacuarí
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A Casa Tacuarí está localizada no extremo sul da cidade de Buenos Aires, no centro de Barracas, bairro que pertence ao atual Distrito das Artes. O projeto incorpora a ideia de uma cidade compacta e densa na arquitetura de uma residência familiar.
A moradia existente, uma casa chorizo construída no início do século XX, foi modificada com a premissa de recuperar e restaurar a sua arquitetura e revalorizar o seu caráter simbólico como parte da malha urbana, considerando também as adequações ao uso doméstico contemporâneo.
O layout original se compunha de uma casa na parte da frente com dois pátios e uma série de quartos para alugar voltados ao interior do quarteirão. A casa, em melhor estado de conservação, contava também com uma boa qualidade construtiva e detalhes de acabamentos característicos da época, como elementos metálicos e de gesso.
Para a intervenção, decidiu-se preservar os quartos ao redor do primeiro pátio, convertendo-os na área social da casa, demolir os quartos posteriores para conformar um jardim e construir um novo andar sobre o térreo, destinado aos novos quartos. A decisão ampliou a área livre nos fundos do terreno e aumentou o solo natural permeável. Também se optou por construir o novo piso superior recuado na parte frontal, para que não ficasse visível no nível da rua.
O trabalho foi realizado utilizando uma nova linguagem arquitetônica em contraste com o projeto original, um sistema de construção leve e a seco, com uma estrutura metálica. Como os quartos se voltam para norte, foi instalado um beiral com um sistema de venezianas articuladas que garantem a proteção do sol durante o verão e permitem a entrada de luz natural no inverno. Todos os revestimentos dos pisos, tanto o de calcário quanto o de pinus taeda, foram recuperados e restaurados. Foram acrescentados às instalações originais painéis solares e um painel térmico para aquecimento de água.—
Parte da casa existente, localizada no fundo do terreno, foi demolida para conformar um jardim, contribuindo para uma paisagem livre de edificações e para aumentar a área de solo permeável.
O térreo do projeto encontrava-se em ótimo estado de conservação devido à boa qualidade dos materiais originais utilizados, o que permitiu preservar grande parte deles e criar, assim, um contraste com as novas tecnologias empregadas no andar superior.
Embora exista um contraste material entre a casa antiga e a ampliação, o acabamento interior apresenta uma paleta homogênea de materiais obtida através dos pisos de pinus taeda, das divisórias brancas e dos elementos de madeira.
Os quartos, anteriormente no térreo, estão agora localizados no andar superior, e oferecem amplas vistas para o centro do quarteirão livre de edificações, além de uma melhor exposição solar devido à orientação norte.
1. Rufo de acabamento em chapa dobrada
2. Placa OSB esp= 15 mm
3. Perfil leve PGC esp= 70 mm
4. Membrana impermeável de fibra de polietileno
5. Manga para amarração de revestimento
6. Revestimento metálico
7. Esquadria corrediça DVH 6 + 12 + 6
8. Corrimão perfil tipo aro de roda
9. Parapeito metálico de perfil quadrado 5/8’’
10. Placa de concreto 40 x 40 cm apoiadas sobre niveladores plásticos
11. Borda conformada por perfil PGC 200 galvanizado
12. Niveladores plásticos
13. Manta asfáltica com geotêxtil exposto pintado
14. Módulo de painel solar fotovoltaico
15. Perfil para apoio de painéis PGC 50 mm
16. Rufo de zinco estampado
17. Cobertura de termo painel conformado por chapa com recheio de poliestireno expandido 100 mm
18. Dado de concreto
19. Placa OSB esp= 15 mm
20. Perfil estrutural para suporte de cobertura PGC esp= 150 mm
21. Estrutura de forro com perfis leves de aço galvanizado esp= 50 mm
22. Isolamento térmico de lã de vidro esp= 100 mm
23. Forro de placa de rocha de gesso esp= 15 mm
24. Perfil ômega para revestimento de empena
25. Revestimento de placa de dupla rocha de gesso esp= 24 mm
26. Rodapé de MDF 70 x 12 mm pré-pintado branco
