Em 6 de dezembro de 2018, a Câmara Municipal de Buenos Aires aprovou os novos códigos Urbanístico e de Edificação, renovando um conjunto de normas que estavam vigentes desde 1977 e 1945, respectivamente, e que vinham sofrendo modificações tênues nos últimos anos. Os novos critérios maximizam a capacidade construtiva de terrenos e os seus metros quadrados, dentro de volumes que diferem muito pouco do permitido pelo antigo Código em algumas áreas. Em consequência, possibilita-se um modelo de cidade genérica do ponto de vista morfológico, modelo esse que parece responder a uma agenda imobiliária e especulativa.
Superí 3226, um edifício projetado por Alonso&Crippa, propõe espaços domésticos de qualidade sob o extinto esquema de zoneamento R2b1, baseados no pensamento sobre as condições do habitar coletivo e articulados em projetos que ainda oferecem oportunidades para jovens arquitetos sob um modelo de investimento coerente.
O edifício está localizado em um terreno com uma largura padrão, mas pouco profundo (8,66 metros de frente por 20 metros de comprimento), no bairro Coghlan, uma área residencial de baixa densidade.
O projeto agrupa verticalmente seis residências que se comportam de forma híbrida, variando a sua organização.
O conjunto distingue dois tipos de unidades cujo fator comum é um dormitório e um jardim ou terraço próprios que ocupam um terço da superfície total de cada unidade, permitindo atividades ao ar livre.
Ao redor do elevador há uma circulação comum, compacta e aberta, que define um pátio elevado no segundo andar e que termina arrematado por uma árvore, articulando e reforçando o espaço de convivência entre os vizinhos.
O invólucro metálico, com graus de opacidade variáveis, regula as relações entre interior e exterior, que modifica o seu desempenho de acordo com as condições de luz, as sombras das árvores e as atividades dos seus ocupantes.
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