A marca de gin Bombay Sapphire encomendou ao Heatherwick Studio a criação de sua primeira planta de fabricação interna, que também está aberta ao público. Para implementar a ideia, escolheram uma antiga fábrica de papel cujas instalações contavam com mais de quarenta edifícios ora abandonados, alguns de grande valor patrimonial. A estratégia do estúdio se baseou na restauração dos edifícios de maior valor e na recuperação de um rio praticamente desaparecido por conta das canalizações.
O rio se transformou no dispositivo organizador central que dá sentido ao complexo e aos edifícios existentes. Além de seu canal ter sido alargado para o dobro das dimensões originais, abriram-se suas margens para a implementação de nova vegetação para transformá-las em um caminho atrativo aos visitantes, que funcione como guia no trajeto e que os dirija ao pátio recentemente definido em seu centro, rodeado de edifícios históricos.
O primeiro pedido incluía a provisão de um centro de visitantes separado da destilaria. No entanto, a equipe de projeto considerou isto uma manobra sem sentido, e preferiu oferecer ao público uma experiência mais autêntica que os aproximasse do processo de destilação e dos esculturais alambiques de cobre em pleno funcionamento.
O plano diretor do Heatherwick Studio contemplou também a criação de duas novas estufas para cultivar exemplares das dez espécies de plantas exóticas utilizadas no processo de destilação do Bombay Sapphire. Uma das estufas contém um ambiente tropical úmido e a outra um clima mediterrâneo temperado seco. Ambas emergem da Casa Norte para pousarem sobre as águas do rio alargado. A conexão com a câmara imóvel permite que o calor residual do processo de destilação seja reciclado, para manter os climas cálidos que favorecem o crescimento das espécies plantadas.
A geometria dos novos edifícios de vidro recebeu a influência dos avanços recentes na tecnologia do vidro e da vasta herança britânica de estruturas das estufas botânicas.
A reconversão da antiga fábrica na Destilaria de Bombay Sapphire, em Laverstoke, Reino Unido, juntamente com o Museu de Arte Contemporânea Africano Zeitz MOCAA, situado na Cidade do Cabo, foram publicados em detalhe na PLOT 42.