Park Pavilion
Monadnock & De Zwarte Hond
O Parque Nacional De Hoge Veluwe, fundado pela família de colecionadores de arte Kröller-Müller, oferece uma combinação única de natureza, arquitetura e arte que recebe a visita de aproximadamente seiscentas mil pessoas por ano. Junto com o museu familiar, projetado por Henry Van de Velde em 1938, e o pavilhão de caça, obra de Hendrik Petrus Berlage em 1914, o novo edifício de acesso é um dos poucos existentes no parque.
O Park Pavilion, concebido por Monadnock & De Zwarte Hond, simboliza a hospitalidade oferecida pela reserva natural de 5,4 mil hectares onde se localiza. O projeto pretende reafirmar o vínculo entre a arquitetura e a paisagem através da sua implantação diferenciada: um espaço central e aberto dentro de uma floresta imponente.
O edifício, reminiscente de uma antiga casa de campo, conforma uma referência espacial que busca fundir-se organicamente com o seu entorno. De longe, do estacionamento, a silhueta da dupla cobertura pode ser vista como um foco de atração; já quando o observador se aproxima, essas linhas são suavizadas pelo jogo de curvas e pela escala doméstica.
A curvatura da fachada formada por um zigue-zague envidraçado proporciona uma vista magnífica do entorno e oferece um espaço para a contemplação sob o abrigo do beiral.
Tal como o volume que compõe o projeto, os espaços interiores não podem ser dissociados da paisagem circundante. O Park Pavilion funciona como um espaço acolhedor onde, após uma longa caminhada, os visitantes podem relaxar no restaurante, tomar uma bebida em frente à lareira ou desfrutar do sol e apreciar a vista.
A abóbada no interior se estende sobre uma parede de vidro que se prolonga ao longo de todo o edifício, conformada pelo perfil externo do telhado. Por sua vez, a escolha de uma paleta de cores claras está vinculada aos solos arenosos do entorno. As luminárias suspensas projetam uma série de desenhos no forro, como parte de um projeto luminotécnico feito a partir de um design biofílico que se utiliza de um logaritmo resultante do jogo de luz e sombra produzido pela passagem da luz do sol através das folhas. Os padrões dessas formas levam a natureza para dentro do edifício e estabelecem uma forte ligação entre o físico e o virtual.—
O projeto pretende reafirmar o vínculo entre a arquitetura e a paisagem através da sua implantação diferenciada: um espaço central e aberto dentro de uma floresta imponente.
1. Acesso 2. Restaurante 3. Loja 4. Sanitários 5. Lareira
6. Salão 7. Cozinha 8. Depósito 9. Escritório 10. Vestiários
11. Hall 12. Sala de reuniões 13. Auditório 14. Terraço
A fachada principal do pavilhão curva-se levemente em toda a sua extensão a fim de gerar uma relação mais direta com a paisagem circundante através das suas amplas esquadrias.